Thursday, December 31, 2020

ALMOÇO PERANAKAN COM CASTANHA VENENOSA

 Peranakan é uma mistura de chineses com malaios e que se estabeleceram principalmente em Singapura.  Essas casas coloridas da cidade e as shophouses são todas peranakan.

 E desenvolveram uma culinária única.  Às vezes, quando relacionado à comida, usam o termo “nonya”, que é a esposa de um casal peranakan.

 Um novo restaurante (quiosque) abriu recentemente no andar de baixo do shopping, servindo comida peranakan.

 Hoje fui lá pela primeira vez e pedi “buah keluak”, que não tinha a menor ideia do que era.  Era apenas o primeiro e mais caro item do menu.  Tinha que ser bom, pensei.









 E foi.  Mas isso não é tudo, buah keluak é uma noz que eu já tinha ouvido antes, mas não sabia o nome, e eu estava super curioso para comê-la.

 Phil, naquele programa da Netflix, vai a um restaurante peranakan com uma estrela Michelin e experimenta.  No show, eles explicam que a noz, quando colhida, é venenosa e precisa ser enterrada por 40 dias para fermentar e se tornar comestível.  Phil zomba de como eles descobriram que precisava ser enterrado por 40 dias: “Eles enterraram por um dia, alguém comeu e morreu.  Em seguida, eles enterraram por dois dias, a mesma coisa.  E assim por diante.  Até quando eles enterraram por 40 dias, alguém comeu e finalmente não morreu. ”  😂

 Da internet: “A árvore Buah Keluak é nativa desta região e é um dos monstros da natureza.  É uma árvore venenosa com frutas estranhas, sugerindo um estômago cheio de sementes grandes.  O veneno, cianeto de hidrogênio, ocorre em todas as partes da árvore ”.

 Peguei uma foto da castanha na internet.




 A tigela de nonya estava realmente boa.  A noz é muito preta com um sabor único.  E veio com arroz, costela de porco, bolinho de ngoh hiang, cenoura e alguns outros vegetais.

 Ngoh hiang: “É essencialmente uma composição de várias carnes e vegetais e outros ingredientes, como em uma linguiça, consistindo de carne de porco picada e camarão (ou peixe) temperado com pó de cinco especiarias (ngó͘-hiong-hún), que deu nome ao bolinho, enrolado dentro de uma casca de tofu e frito.”  Só esse bolinho já valeu o prato. 



A castanha:







Arroz no fundo:





 Quanta história em uma simples tigela de comida.

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