Peranakan é uma mistura de chineses com malaios e que se estabeleceram principalmente em Singapura. Essas casas coloridas da cidade e as shophouses são todas peranakan.
E desenvolveram uma culinária única. Às vezes, quando relacionado à comida, usam o termo “nonya”, que é a esposa de um casal peranakan.
Um novo restaurante (quiosque) abriu recentemente no andar de baixo do shopping, servindo comida peranakan.
Hoje fui lá pela primeira vez e pedi “buah keluak”, que não tinha a menor ideia do que era. Era apenas o primeiro e mais caro item do menu. Tinha que ser bom, pensei.
E foi. Mas isso não é tudo, buah keluak é uma noz que eu já tinha ouvido antes, mas não sabia o nome, e eu estava super curioso para comê-la.
Phil, naquele programa da Netflix, vai a um restaurante peranakan com uma estrela Michelin e experimenta. No show, eles explicam que a noz, quando colhida, é venenosa e precisa ser enterrada por 40 dias para fermentar e se tornar comestível. Phil zomba de como eles descobriram que precisava ser enterrado por 40 dias: “Eles enterraram por um dia, alguém comeu e morreu. Em seguida, eles enterraram por dois dias, a mesma coisa. E assim por diante. Até quando eles enterraram por 40 dias, alguém comeu e finalmente não morreu. ” 😂
Da internet: “A árvore Buah Keluak é nativa desta região e é um dos monstros da natureza. É uma árvore venenosa com frutas estranhas, sugerindo um estômago cheio de sementes grandes. O veneno, cianeto de hidrogênio, ocorre em todas as partes da árvore ”.
Peguei uma foto da castanha na internet.
A tigela de nonya estava realmente boa. A noz é muito preta com um sabor único. E veio com arroz, costela de porco, bolinho de ngoh hiang, cenoura e alguns outros vegetais.
Ngoh hiang: “É essencialmente uma composição de várias carnes e vegetais e outros ingredientes, como em uma linguiça, consistindo de carne de porco picada e camarão (ou peixe) temperado com pó de cinco especiarias (ngó͘-hiong-hún), que deu nome ao bolinho, enrolado dentro de uma casca de tofu e frito.” Só esse bolinho já valeu o prato.
A castanha:
Arroz no fundo:
Quanta história em uma simples tigela de comida.